Idosa cai em golpe do falso empréstimo, Sindapi-MT aciona instituição financeira e cancela contrato

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A aposentada Aparecida Rocha conseguiu, com o apoio da assessoria jurídica do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Mato Grosso (Sindapi-MT), escapar de um prejuízo de mais de R$ 24 mil que seriam pagos em 82 parcelas. A idosa havia caído no chamado “Golpe do falso empréstimo”, aplicado por estelionatários via aplicativos de conversas como o Whatsapp e/ou ligações simulando contato da rede bancária.

Dona Aparecida Rocha contou a nossa reportagem como foi que aconteceu a abordagem dos golpistas. Conforme a aposentada, uma mulher entrou em contato com ela por telefone oferecendo redução de juros no empréstimo consignado que ela já paga. Ela se interessou pela proposta que iria baixar o valor das parcelas de R$ 195 para apenas R$ 80 por mês. Dias depois, ela recebeu nova ligação dizendo que um empréstimo junto uma outra rede bancária que não era a sua no valor de R$10 mil havia sido depositado em sua conta e que ela teria que pagar R$ 295 por mês descontados em sua aposentadoria.

“Eu e minha nora ligamos então para a mulher que dizia que ia reduzir os juros e o valor das parcelas do meu empréstimo no banco que eu tenho conta da aposentadoria. Ela disse para eu devolver o dinheiro que o novo empréstimo seria cancelado. Daí, nós fizemos a devolução com o boleto do jeito que ela disse para fazer. Só que os descontos não pararam e o empréstimo não foi cancelado. Nós tentamos falar com a mulher novamente, mas ela sumiu, não atendeu mais as ligações e nem respondeu as mensagens. Foi então que meu marido disse para a gente ir ao Sindicato dos Aposentados para falar com o advogado. Só aí, com a ajuda do advogado do Sindapi, o problema foi resolvido, graças a Deus”, narrou dona Aparecida.

O advogado Felipe Dorileo, do Sindapi-MT, explicou que o caso de dona Aparecida Rocha é apenas um entre muitos que vem acontecendo em Mato Grosso e em outros estados do país. O assessor jurídico revelou que as quadrilhas de golpistas estão cada vez mais criativas e usam a dificuldade natural dos idosos em lidar com tecnologia e sofisticam os golpes.

“Agora, os estelionatários se cadastram como representantes bancários, acessam dados de clientes que já possuem empréstimos consignados, ligam ou mandam mensagem de Whatsapp oferecendo redução de juros e valores nas parcelas dos empréstimos antigos. Então, eles convencem os idosos das vantagens de fazer essa operação, mas, na verdade, eles pegam os dados do idoso e fazem empréstimos em algum outro banco que não o do aposentado sem dar conhecimento à vítima sobre o fato. Quando o empréstimo é liberado, eles entram em contato novamente com a vítima, que surpresa com a dívida que não autorizou, aceita as instruções para ‘devolver’ o valor e cancelar o mesmo. Só que essa devolução é feita por meio um boleto falso e o valor acaba transferido para os próprios golpistas e não para o banco que fez o empréstimo. Assim, a vítima segue devendo o banco por causa do empréstimo fraudulento”, explicou o advogado.

Ainda conforme o advogado, tanto o caso de dona Aparecida quanto o de uma outra idosa que perderia mais de R$ 13 mil, foram cancelados após intervenção do Sindapi-MT. “Por meio de medidas administrativas junto aos bancos que concederam os empréstimos sem que as vítimas tivessem solicitado, conseguimos cancelar as operações, evitar que as aposentadas tivessem que arcar com as perdas financeiras das fraudes”, destacou Felipe Dorileo.

Assessoria de Imprensa

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