Quedas na terceira idade são eventos comuns, mas que exigem bastante cuidados. O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia do Ministério da Saúde (Into) indica que um a cada três indivíduos com mais de 65 anos estão propensos a sofrer pelo menos uma queda – e, desse número, um em cada vinte podem ter fratura ou necessitar de internação. A pesquisa também revela que, dentre os mais velhos, com 80 anos ou acima, 40% caem a cada ano.
O tema se destaca em 24 de junho, de acordo com o calendário brasileiro quando se celebra o Dia Nacional de Prevenção à Queda de Idosos.
Para a fisioterapeuta da DMI, Wilma Keury, se preparar para a etapa de envelhecimento é fundamental. “Eu sempre costumo dizer que o interessante é a gente educar os idosos para que se preparem para o envelhecimento, mantendo uma rotina de exercícios físicos e boa qualidade de vida para evitar esses riscos. Pois não é só o risco de uma queda ou de uma fratura, também mexe com o sentimental do idoso, o que vai deixando ele ainda mais debilitado”, ressalta a profissional.
Wilma alerta sobre a importância das pessoas ficarem atentas ao local onde o idoso reside, visto que, os traumas vão além das quedas. “É importante observar e informar que em nossas casas existem muitos inimigos ocultos como tapetes, porcelanatos e ter atenção quando o idoso faz uso de banquinhos para alcançar os armários. Além disso, devem ter atenção redobrada aos banheiros”, reforça a especialista, que pontua, ainda, que é necessário preparar o lar para o envelhecimento.
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A fisioterapeuta reforça que as quedas em idosos trazem outros pontos de atenção, pois podem indicar algum problema de saúde que resultou em acidente. “Às vezes, a queda não é o problema, mas sintoma de algo que precisa ser analisado pelo médico. A queda é comum, mas não é normal por causa da idade. Não podemos romantizar essas quedas. É importante observar o motivo que vem provocando essas quedas”, atenta Wilma.
Para a fisioterapeuta, o índice de queda nessa faixa etária da vida faz com que o idoso deixe de socializar e até praticar atividade física, por causa do medo. Por isso, um profissional da área, além de atuar no tratamento dos traumas, ajuda na prevenção e fortalecimento.
“Em idosos, treinamos a marcha e o cognitivo, pois com o passar dos anos o idoso vai perdendo o reflexo. Com isso, podemos deixá-lo preparado para o convívio interno e fora de casa e assim planejamos o tratamento adequado para que ele tenha uma boa qualidade de vida”, completa a profissional de fisioterapia.
Com informações da Assessoria