Moradora do bairro 1º de Março na periferia de Cuiabá, separada, com filhos ainda dependentes e uma netinha para criar, a cabeleireira Claudia Maria Pereira Cirino, 48 anos, conseguiu com a ajuda e orientação da assessoria jurídica do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Mato Grosso (Sindapi-MT) ter seu direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) após uma batalha que durou três anos.

Portadora de hipertensão arterial grave, a cabeleireira havia sofrido em 2019 uma trombose que a mandou para o hospital. Socorrida a tempo, ela sobreviveu. Mas, o episódio, devido a sua gravidade, gerou sequelas que colocam sua vida em permanente risco, pois podem desencadear desde um AVC até uma embolia pulmonar ou um ataque cardíaco. Com tudo isso, dona Cláudia Cirino se viu, de repente, sem condições de continuar trabalhando. Sem outra alternativa de sustento para si e sua família, ela procurou por conta própria obter algum auxílio junto ao INSS. Mas, infelizmente, nada conseguiu.

Ela então se lembrou de já ter ouvido de algumas pessoas e visto uma reportagem sobre o trabalho que o Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Mato Grosso realiza em apoio a quem precisa de orientações sobre seus direitos previdenciários. Ela então decidiu procurar a ajuda do Sindapi-MT.

“Eu já tinha ouvido falar sobre o Sindapi e tinha visto uma entrevista do doutor Isandir Rezende, um dos membros da diretoria do Sindapi-MT e presidente do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Idosa. Mas, eu tinha receio porque não sou exatamente uma idosa, né? Então eu orei e Deus me deu coragem de ir procurar o Sindicato. Lá eu fui muito bem recebida pela assessoria jurídica, pelo doutor Gustavo Galdino. Ele foi muito atencioso comigo, com minha família. Ele me ouviu e se interessou pelo meu problema, me orientou e cuidou de todo o processo”, contou Cláudia Cirino.

Ao buscar apoio no Sindapi-MT, dona Cláudia encontrou na assessoria jurídica da entidade as informações que precisava e todo o apoio necessário para dar entrada junto ao INSS com o seu pedido de Benefício de Prestação Continuada (BPC). O benefício do BPC é um direito de todos os cidadãos brasileiros. O valor do BPC é equivalente ao de um salário mínimo e atende as pessoas idosas e ou aquelas que tenham alguma deficiência – congênita ou adquirida – que as impeçam de trabalhar e obter o sustento para a sua sobrevivência.

O assessor jurídico do Sindapi-MT, advogado Gustavo Galdino explicou que a falta de informações e acompanhamento adequado do processo são as principais dificuldades que pessoas como dona Cláudia Cirino encontram quando buscam por seus direitos junto ao INSS.

“Muitas vezes, as pessoas chegam no INSS sem sequer saber a que benefício elas têm direito. Às vezes, não é caso de aposentadoria, como ocorreu com dona Cláudia, mas a pessoa requer o benefício errado e ele é rejeitado. Por isso sempre orientamos as pessoas a buscar ajuda especializada, a não querer fazer tudo sozinho exatamente para não se decepcionar. Aqui no Sindapi-MT, nós orientamos e preparamos as pessoas para que possam fazer o caminho correto e assim, obterem êxito no reconhecimento de seus direitos efetivos”, esclareceu o advogado.

No caso de dona Cláudia Cirino, por exemplo, foi preciso que ela apresentasse todos os exames e laudos médicos que comprovaram a gravidade da sua condição de saúde e a impossibilidade dela continuar exercendo normalmente as suas funções de cabeleireira e diarista. Ela também comprovou que era a responsável pelo provimento da sua família, uma vez que é separada, o ex-marido também é uma pessoa enferma e que sua renda familiar era inferior a R$ 330,00 ou a 1/4 do salário mínimo.

“Como ela atendeu aos requisitos da legislação para requerer o BPC, o benefício foi concedido pelo INSS a partir do processo que organizamos junto com a beneficiária. Vale lembrar que este benefício tem caráter provisório e que ela deverá manter seu cadastro social atualizado a cada dois anos. O importante é que agora ela está assistida pela Previdência Social. E nós estamos felizes por termos ajudado a dona Cláudia a ter seus direitos reconhecidos pelo INSS”, disse o advogado.

A cabeleireira agradeceu ao Sindapi-MT por meio de sua assessoria jurídica por tê-la auxiliado na busca pelo reconhecimento de seus direitos junto ao INSS. “Eu só tenho mesmo muito que agradecer a Deus e ao Sindapi que, por meio do doutor Gustavo, foi muito parceiro, compreensivo e prestativo ao tratar do meu caso. Eu agora digo para as pessoas que elas devem sempre acreditar na Justiça e quando precisar de orientação sobre essas questões de aposentadoria e benefícios do INSS, deve procurar ajudar e confiar no Sindapi. Mesmo eu não sendo assim tão idosa, eles cuidaram muito de mim. E eu sou eternamente grata por tudo isso”, concluiu Cláudia Cirino.