Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) encerraram a greve que durou dois meses e já retornaram ao atendimento nas unidades, desde 23 de maio.
A categoria se comprometeu a repor os dias parados, agilizando a análise de processos e a concessão de benefícios. A compensação será feita de acordo com o plano de trabalho construído nos próximos dias pelo INSS.
Para reduzir a fila de exames periciais agendados, foi definida a realização de até 12 atendimentos diários por profissional. No entanto, de acordo com lei de 2019, os médicos que ultrapassarem essa quantidade, vão receber R$ 61,72 por perícia extraordinária.
Os médicos e servidores terão 8 meses para compensar os dias não trabalhados de modo presencial ou remoto.
O anúncio do fim da greve foi feito após reunião entre o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, e a Associação Nacional dos Peritos Médicos Federais, na sexta-feira, 20.
O vice-presidente da associação, Francisco Eduardo Cardoso Alves, celebrou o acordo e destacou os 18 itens da pauta de reivindicações, e o que ficou acertado em relação ao reajuste salarial.
“A questão do aumento tem uma condicionante: se o governo for dar aumento linear para todas as carreiras do serviço público federal, sem nenhuma exceção, a gente, obviamente, vai entrar nesse aumento linear. Porém, se o governo quiser privilegiar uma ou outra carreira, que seja, automaticamente nós vamos entrar nos 19,9% (de reajuste)”.
Em março, havia mais de 1,7 milhão de pedidos de benefícios previdenciários na fila para serem analisados ou concedidos, de acordo com o boletim estatístico da Previdência Social, elaborado pela Secretaria de Políticas de Previdência Social/Coordenação-Geral de Estatística, Demografia e Atuária.
Desse total, 1.463.754 aguardavam a primeira avaliação do INSS e 238.607 já haviam passado pela análise do instituto e necessitavam que o segurado apresentasse documentação para serem concluídos.