Davi Ferreira de Campos iniciou sua jornada no mercado de trabalho ainda na adolescência, aos 14 anos, quando assinou sua carteira pela primeira vez. Atualmente, aos 58 anos, ele reflete com orgulho sobre os 35 anos de dedicação e as três carteiras de trabalho que acumulou ao longo de sua trajetória profissional.
Durante a década de 1990, o Davi desempenhava suas funções no serviço de topografia e, posteriormente, foi incorporado à Secretaria de Obras em Cuiabá. Contudo, um capítulo marcante de sua vida ocorreu quando, juntamente com seus colegas de trabalho, sofreu um acidente de trânsito. Antes que o veículo capotasse, o trabalhador foi arremessado para fora, resultando em lesões e sequelas. Ele relata: “Segundo o médico, fraturei uma das vértebras da coluna. Mesmo com o passar dos anos, as dores nas costas continuaram.”
Com o avançar da idade e os desafios de saúde, Davi tomou a decisão de requerer sua aposentadoria. Ele conta que procurou o apoio do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Mato Grosso (Sindapi-MT) depois que teve seu pedido negado em todas as instâncias. Gustavo Galdino, consultor jurídico do Sindapi-MT, esclareceu que o processo de aposentadoria por invalidez via judicial teve início em 2021, quando o INSS ajustou o salário do Davi abaixo do devido, por conta da reforma da previdência de 2019. “Por isso, o salário que o Sr. Davi tinha direito a 100% caiu para 60% da média que ele tinha direito de receber. Com isso, movemos uma nova ação pedindo a revisão. Agora, felizmente, foi atendida, conseguimos provar que o início da incapacidade dele é anterior à reforma da Previdência em 2019”, pontuou.
Segundo Galdino, o aposentado já começou a receber mensalmente o valor corrigido, mas o Sindapi-MT aguarda a conclusão do processo para apuração dos cálculos das diferenças recebidas e busca repor os atrasados. Hoje, aos 55 anos de idade, após inúmeras tentativas, Davi compartilha com alegria a conquista do benefício tão necessário. “Graças a Deus, consegui me aposentar. Agradeço aos advogados do Sindapi-MT, que me deram todo o suporte necessário durante esse processo. Agora, posso respirar aliviado. Estou mais tranquilo”, expressou sua gratidão.
